A concepção chinesa de saúde

“O meu corpo é um jardim,
a minha vontade o seu jardineiro”
William Shakespeare

 

Introdução

Em 1946, a Organização Mundial de Saúde (OMS) adotou a definição de saúde que se segue: “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade” (WHO,2023). A proposta formal desta definição do conceito de saúde constitui-se como um grande marco progressista, em comparação com a ideia anterior a 1946 de que a saúde significava apenas a ausência de doença (Wang et al., 2019).

A OMS, mas também os próprios sistemas de saúde dos diversos países a nível mundial, estão a adotar cada vez mais uma aproximação à saúde centrada não na “medicina da doença”, mas sim na “medicina da saúde”, uma transição que se baseia essencialmente numa maior aposta na prevenção, na promoção de hábitos de vida saudável, no incremento da literacia em saúde no seio das populações, e na passagem de tratamentos padronizados para o tratamento individualizado e numa lógica holística do bem-estar (Wang et al., 2019).

Esta lógica holística de bem-estar está muito patente no pensamento chinês no que toca à saúde. De facto, como se verá mais adiante neste trabalho, fruto das diversas teorias e influências filosóficas, a longevidade associada à saúde constitui-se quase como uma virtude, fazendo parte integrante daquilo que o povo chinês considera como felicidade, a par com a abundância material, a saúde física, uma vida virtuosa e pacífica e o alívio da ansiedade da morte (Lu and Shih, 1997).

Na próxima secção, veremos como é que a saúde é entendida do ponto de vista cultural analisando o impacto de correntes de pensamento e conceitos tais como: as filosofias confucionista e taoista, o Yin e Yang assim como os Cinco Elementos (medicina integrativa), a influência dos Determinantes Sociais da Saúde (medicina preditiva e multidisciplinar), e o conceito de “Saúde Única” (harmonia homem-animal-natureza). Porque as crenças, as tradições e as correntes de pensamento – filosóficas e outras – afetam, de facto, as práticas de saúde.

Uma visão integrada de saúde “com características chinesas”

Primeiro que tudo, é importante sublinhar que atualmente os sistemas de saúde a nível mundial estão em constante adaptação decorrente das necessidades impostas por um mundo em constante mudança e transformação. Mesmo que se mantenham fiéis aos seus princípios basilares e à sua cultura, são influenciados por outros sistemas fruto de processos de globalização e de intercâmbio científicos também no domínio da saúde.

Por exemplo, a chegada da medicina ocidental à Ásia desafiou os sistemas de cuidados tradicionais asiáticos, fazendo estes últimos perderem parte da sua influência (Tai, 2012). Também o contrário ocorreu, ou seja, a chegada das práticas de medicina oriental ao Ocidente fez repensar o sistema dito “convencional” ganhando ao longo dos anos um maior impacto nestas regiões do globo. A própria OMS reconhece em 2006 a Medicina Tradicional Chinesa como uma medicina complementar ao sistema convencional, que se traduz em práticas, saberes e cuidados de saúde que não são os dominantes no quadro da atenção médica a nível global (Andrade e Costa, 2010). Em 2013, foi publicado pela OMS o documento intitulado “WHO Traditional Medicine Strategy 2014-2023” que dá seguimento à estratégia adotada no documento precedente que ia de 2002 a 2005. Visa acima de tudo apoiar os Estados-Membros no desenvolvimento de políticas proactivas e na implementação de planos de ação que reforcem o papel que a medicina tradicional desempenha na manutenção da saúde das populações (WHO, 2013). De acordo com o estudo de Contatore et al. (2015), a OMS avaliou o uso global das Práticas Integrativas e Complementares (PIC) num período de 10 anos, de 2005 a 2015, e conclui que houve um substancial crescimento na utilização das PIC em diversos países, incluindo Europa, África, Ásia, Austrália e Estados Unidos. Estima-se que mais de 100 milhões de europeus e um número ainda maior de pessoas nessas outras regiões tenham utilizado as PIC. O documento também destaca que houve um considerável investimento em pesquisas na área das PIC durante o período analisado. Isso indica um crescente interesse e reconhecimento dessas práticas no contexto da saúde pública.

As Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI) são um conjunto amplo de práticas de saúde que englobam várias abordagens terapêuticas, muitas das quais têm origem em diferentes culturas e tradições ao redor do mundo. Essas práticas são utilizadas para promover a saúde, prevenir doenças e auxiliar na recuperação de diversas condições de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) adota a terminologia “Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas” para se referir a essa diversidade de abordagens (Bernice, 2017; Andrade e Costa, 2010). Inclui uma ampla gama de práticas, tais como:

Medicina Tradicional: referindo-se a sistemas de medicina indígena ou cultural específicos de uma determinada região ou comunidade, muitas vezes transmitidos de geração em geração.

Medicina Complementar: são práticas de saúde que são usadas em conjunto com a medicina convencional (alopática). Por exemplo, o uso de terapias complementares para reduzir efeitos colaterais de tratamentos médicos convencionais.

Medicina Integrativa: essa abordagem busca integrar as práticas da medicina convencional com abordagens complementares para proporcionar uma abordagem holística e centrada no paciente.

As MTCI são reconhecidas em muitos países como uma importante forma de cuidado à saúde, sendo oferecidas como opção terapêutica tanto em sistemas de saúde públicos como privados. Em alguns países, as práticas de MTCI são a principal forma de cuidado de saúde disponível para a população, especialmente em regiões onde a medicina convencional não é amplamente acessível. Noutras áreas, são apenas um complemento (Bernice, 2017; Andrade e Costa, 2010). Em 2019, a própria OMS integra um capítulo sobre Medicina Tradicional Chinesa no documento “International Classification of Diseases” conferindo-lhe um estatuto de medicina complementar.

Para quem estuda e pratica a medicina tradicional asiática, uma característica destaca-se de todas as outras pela sua transversalidade, o equilíbrio das forças do Yin e do Yang para uma vida em harmonia com a natureza e para aquilo que na antiga civilização grega denominavam de “mente sã em corpo são”. Serão analisadas nas secções abaixo esta e outras características predominantes do conceito de saúde no Oriente.

 

Yin/Yang, Cinco Elementos

As filosofias chinesas tiveram a sua origem na sociedade agrária. Antes mesmo das grandes correntes Confucionista e Taoista, já eram tidas em consideração as teorias do Yin e Yang, a dos Cinco Elementos e outras semelhantes para auxiliar à compreensão dos fenómenos naturais, nos quais se incluía a própria conceção dos conceitos de saúde e doença (Shih, 1996).

De um modo geral, a tradição oriental encara a pessoa como uma combinação de corpo, mente e espírito, na qual o corpo é encarado como um todo formado por um conjunto de sistemas inter-relacionados (Bernice et al., 2017; Flower et al., 2012). Quando existe um desequilíbrio desta unidade intrinsecamente e da mesma com o que a rodeia (ambiente), há possibilidade de ocorrer a doença. Os mecanismos do corpo humano e tudo o que faz parte do ambiente biológico não podem estar isolados uns dos outros. Todos os fatores, quer sejam internos ou externos, estão mutuamente relacionados e devem ser considerados simultaneamente para um corpo saudável (Bernice et al., 2017; Tai, 2012). Sendo que, de acordo com a antiga filosofia médica chinesa, “o homem está entre o céu e a terra”, autores consagrados como Zmiewski (1986/ tradução própria), afirmam que: “O organismo é o produto do céu (espírito, mente, forças imateriais) e da terra (alimento, ambiente físico, forças materiais).” Ou ainda: “O organismo é influenciado por forças espirituais, psíquicas e não terrestres (forças cósmicas, solares e lunares), bem como por forças do seu ambiente imediato (nutrição, clima, forças eletromagnéticas e geofísicas).

Este entendimento reflete-se na teoria do Yin e do Yang (teoria da unidade dos opostos) e no facto do ser humano entendido como um todo, dando origem a uma abordagem dita holística e integrativa da medicina, quer em termos de diagnóstico, quer em termos de formas de tratamento (van der Greef, 2011; Tai, 2012).

No que diz respeito aos cinco elementos, essa teoria baseia-se na premissa de que todos os fenómenos do universo são os produtos do movimento e da mutação de cinco qualidades: madeira, fogo, terra, metal e água. Na cultura chinesa, acredita-se que essas qualidades são utilizadas para classificar os vários órgãos e tecidos e propriedades dos medicamentos, conforme se pode observar na tabela 1 abaixo.

 

Tabela1 – Quadro de correspondência dos cinco elementos no homem e na natureza (fonte: Yamamura, 1993)

 

Assim, o ser humano e o seu estado de saúde são abordados como um todo, todo esse que resulta do intercâmbio do homem (no conjunto das suas características intrínsecas) com o meio ambiente que o rodeia (natureza, clima social, condições de vida, entre outros fatores). O que nos remete para a abordagem ao conceito de “Saúde Única” em interligação também com os Determinantes Sociais da Saúde (DSS), tópicos explorados nas secções seguintes.

 

Abordagem “Saúde Única”

Em chinês o conceito de “Saúde Única” (em inglês, One Health), foi traduzido como “全健康”, ou seja, saúde holística. Com base na história e na cultura da China, este conceito tem como objetivo principal ajudar a conceber uma “Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade”, lema da governação do atual Presidente chinês, Xi Jinping. Esta expressão entrou pela primeira vez no discurso oficial do Partido Comunista Chinês (PCC) a 8 de novembro de 2012, quando foi incluída no relatório político de Hu Jintao no 18º Congresso Nacional do PCC. Foi depois retomada pelo atual líder do PCC no relatório de trabalho do 19º Congresso Nacional do PCC, em outubro de 2017 (Zhao, 2018; Chen, 2021). Este conceito representa a mais recente tentativa da liderança chinesa de “explorar e definir o papel da China no mundo e a sua contribuição assenta em quatro vertentes principais: economia, política, cultura e segurança (Zhao, 2018). O conceito tornou-se uma pedra angular do “Pensamento de Xi Jinping sobre Diplomacia” (习近平外交思想) que impulsiona a política externa chinesa e foi utilizado pelo Presidente Xi em discursos oficiais para as inaugurações dos fóruns da Faixa e Rota e foi acrescentado à Constituição da República Popular da China (Chen, 2021).

Com efeito, o conceito de “Saúde Única” começou a ser discutido mais profundamente nos inícios do novo milénio, tendo sido em 2010 que foi criada a Aliança Tripartida, um mecanismo de operacionalização da abordagem. “Saúde Única” é uma abordagem que reconhece a interconexão da saúde humana, animal e ambiental e sublinha a importância da colaboração entre diferentes sectores para resolver problemas de saúde transversais e até globais. A Aliança Tripartida entre a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, a Organização Mundial de Saúde Animal e a Organização Mundial de Saúde tem sido fundamental para promover o quadro da “Saúde Única”. Inicialmente, a Aliança Tripartida centrou-se na gestão das doenças zoonóticas, que são doenças que podem ser transmitidas dos animais para os seres humanos (Matwondo et al., 2023). Estas doenças representam riscos significativos para a saúde pública e têm o potencial de causar crises de segurança sanitária a nível mundial ou regional, como terá sido o caso da mais recente pandemia de Covid-19. Ao abordar as doenças zoonóticas e outras ameaças de grande impacto, a Aliança Tripartida visa reforçar a segurança sanitária mundial e impedir a propagação de doenças infeciosas. No entanto, é importante notar que o quadro “Saúde Única” engloba questões mais vastas para além das doenças zoonóticas. Esta abordagem sublinha a necessidade de colaboração interdisciplinar e de estratégias integradas para enfrentar desafios de saúde complexos, incluindo doenças infeciosas emergentes, resistência antimicrobiana, poluição ambiental e alterações climáticas, a uma escala global (Matwondo et al., 2023).

A promoção da investigação, implementação e criação de sistemas “Saúde Única» tornou-se uma prioridade máxima, com cinco recomendações fundamentais: (i) estabelecer um sistema de investigação e disciplina “Saúde Única» plenamente desenvolvido; (ii) criar um sistema de ensino abrangente; (iii) formação de um grupo de reflexão de alto nível para influenciar a transformação das políticas de saúde pública; (iv) reforço das atividades de intercâmbio internacional para melhorar a influência da China em “Saúde Única” e na governança da saúde; e (v) funcionamento eficiente de um sistema de inovação e transformação para alcançar a industrialização nesse domínio (Zhang et al., 2022a). O conceito de “Saúde Única” na China é encarado como um instrumento para facilitar o desenvolvimento de uma “Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade”.

A cooperação intersectorial (medicina humana e veterinária, ciências do ambiente, geografia, economia, agricultura, gestão, direito, etc.) é fundamental para o sucesso dessa abordagem, e ela tem sido mais eficaz em áreas onde sua aplicação já está bem estabelecida (Yang and Zhou, 2023). A iniciativa está gradualmente a expandir-se para abordar questões mais complexas e riscos para a segurança da saúde em todo o sistema socio-ecológico. Essa abordagem holística reconhece que a saúde humana não pode ser separada da saúde dos animais e do ambiente em que vivemos e está intrinsecamente ligada à visão holística oriental da saúde e à profunda compreensão e sabedoria da cultura chinesa no reconhecimento da importância da interconexão entre a saúde humana, animal e ambiental (Zinsstag et al., 2023, Yang and Zhou, 2023). Essa influência de fatores não diretamente ligados à saúde e à medicina leva-nos a refletir na próxima secção sobre o impacto dos Determinantes Sociais da Saúde.

 

Determinantes Sociais da Saúde

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os Determinantes Sociais da Saúde definem- se do seguinte modo: “As circunstâncias nas quais as pessoas nascem, crescem, trabalham, vivem, e envelhecem, e o amplo conjunto de forças e sistemas que moldam as condições da vida cotidiana. Essas forças e sistemas incluem sistemas e políticas económicas, agendas de desenvolvimento, normas sociais, políticas sociais e sistemas políticos”. Também se consideram os fatores sociais, económicos, culturais, étnicos, psicológicos e comportamentais que influenciam o estado de saúde; estes fatores podem ser as condições de habitação, nutrição, escolaridade e condições de emprego (Buss e Filho, 2007).

De acordo com um relatório de 2010 encomendado pela OMS à Comissão para os Determinantes Sociais da Saúde, “as desigualdades na organização da sociedade implicam que a liberdade para gozar de uma vida próspera e de boa saúde está distribuída de forma desigual dentro e entre sociedades. Esta desigualdade pode ser constatada nas condições existentes na primeira infância e idade escolar, na natureza das condições laborais e de emprego, as características físicas do ambiente de trabalho e a qualidade do ambiente natural em que as pessoas habitam. Dependendo da natureza desses ambientes, diferentes grupos terão experiências diferentes relativas às condições materiais, apoio psicossocial e opções comportamentais, que as tornam mais ou menos vulneráveis a situações de saúde deficiente. Do mesmo modo, a estratificação social determina o acesso e uso diferenciado de cuidados de saúde, com consequências para a promoção desigual de saúde e bem-estar, prevenção de doenças e consecutivo recobro e sobrevivência”.

Um estudo mais recente de 2020 acerca das construções subjetivas da saúde na China (Mao et al., 2020) concluiu que, de facto, para a população chinesa as características demográficas, o meio social e as suas próprias experiências de saúde moldam as suas respetivas perceções de saúde. Com efeito, as dimensões da saúde – incluindo a constituição do corpo, o espírito, a atitude perante a vida, a qualidade do sono, e o estilo de vida – têm sido frequentemente associadas ao conceito de saúde na literatura chinesa. Estas dimensões da saúde com “características chinesas” vêm reforçar a demonstração das diferenças culturais na definição de saúde entre a China e o Ocidente, embora no que toque aos DSS haja um grau de concordância quanto ao seu papel e impacto na saúde das pessoas.

 

Considerações finais

A cultura constitui-se como um elemento fundamental para o entendimento das perceções subjacentes ao conceito de saúde na China. A saúde, vista não apenas como a ausência de doença, mas como um estado generalizado de bem-estar físico e mental, já é encarada desta forma há muitos anos na civilização chinesa, pelo facto de esta assumir que o corpo é um conjunto harmonioso das partes em perfeita simbiose com o meio envolvente. Quando existe desequilíbrio (quebra de harmonia entre as componentes de Yin e Yang, ou entre os diversos elementos quer no homem, quer na natureza) há um potencial para surgimento da doença. A saúde é, portanto, assumida como um estado a longo-prazo e não como uma condição de curto- prazo. Esta visão holística do corpo e da mente como um todo indissociável dos fatores externos que o rodeiam (determinantes sociais e outros determinantes), promovem um quadro favorável para a adoção de cuidados de saúde integrativos e simultaneamente, preventivos baseados, entre outras, na abordagem de “Saúde Única” que perpetra uma ideia de bem-estar para as populações, para as faunas locais e todo o ecossistema associado, contribuindo para um lema maior que é o do governo chinês atual, ou seja, o da “Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade”.

Assim, a aposta é feita em tratamentos completos, integrados, preventivos e de longa-duração que promovam não apenas um alívio imediato dos sintomas (ao contrário da abordagem da medicina ocidental que tende a tratar isoladamente as partes com medicação cujo efeito é praticamente imediato, mas de curto-prazo), mas sim uma cura atuando na raiz do problema com abordagens terapêuticas de efeito mais retardado, mas com efeitos no longo-prazo (prevenção de recaídas) e na qualidade de vida da pessoa, destacando-se também o caráter preventivo.

De ressaltar igualmente a incorporação regulamentada e cada vez mais significativa de medicinas ditas complementares às medicinas convencionais em harmoniosa coexistência. Com efeito, conclui-se que uma das necessidades mais prementes para o campo da saúde na atualidade é o estabelecimento de um pluralismo de sistemas médicos, com suas múltiplas abordagens da saúde, da doença e do cuidado; não esquecendo que a saúde é direta ou indiretamente influenciada por fatores externos de natureza, económica, social e ambiental – DSS – e, portanto, requer cada vez mais uma abordagem multidisciplinar, global e atenta a fatores de índole cultural.

 

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