A Simbologia do Dragão
OS DRAGÕES na China têm um poder extraordinário, porque são seres extraordinários, mágicos, imortais. Eles são o quinto animal do zodíaco chinês. Simbolizam o imperador e podem encolher até ao tamanho de um bicho da seda ou aumentar, de modo a ocupar todo o espaço que existe entre o céu e a terra.
Simbolizam o vigor masculino e a fertilidade. O seu número é o 9, que, além da longevidade, representa a força Yang, ou masculina. Os dragões são constituídos por 9 partes. Têm cornos de veado; cabeça de camelo; orelhas de vaca; olhos de demónio, numas versões, de coelho, noutras; pescoço e corpo de cobra; barriga de ostra, em certas figurações; escamas de carpa; garras de águia e patas de tigre. Ele reúne o melhor de todos os animais. Tem, por isso, um poder imenso. É o conjunto de forças naturais mais bem conseguido do universo.
A mitologia chinesa antiga nomeia quatro tipos de dragões, que hoje vão aparecendo cada vez mais misturados. Havia os Tian Long (天龍) ou Dragões do Céu, que simbolizavam o poder criador e regenerativo; os Shén Lóng (神龍) ou Dragões do Espírito, que governavam as chuvas, os Dì Lóng (地龍)ou Dragões da Terra, que dominavam as fontes e os cursos de água; e o Fúzáng Lóng (伏藏龍)ou os Guardiões do Tesouro.
O Rei Dragão dos Mares, que se inclui na categoria dos Dragões da Terra, era – e ainda é – muito popular. Vive num esplêndido palácio no fundo dos mares, pejado de inumeráveis riquezas. Quem tenha a sorte de visitar a morada do Rei, pode chegar a casar com uma das suas filhas.
Embora a Fénix seja na China o símbolo feminino por excelência, nada impede que as mulheres dêem à luz dragões ou, mesmo, se transformem nestes magníficos seres. Assim, reza a lenda que um monge coreano, de nome Caisho, veio à China no século VII da nossa era recolher os princípios da filosofia da Escola Kegon. Durante a sua permanência na Terra do Rio Amarelo, uma rapariga chinesa perdeu-se de amores pelo clérigo e quando este resolveu regressar à Coreia atirou-se ao mar, transformando-se num dragão, que soube conduzir a bom porto o barco do seu amado.
Os dragões são surdos, daí que o seu maior poder resida nos olhos. Cospem fogo e água, porque têm uma natureza mágica e, como não podia deixar de ser, complementar. O Fogo destes seres é o inverso do humano. Alimenta-se de humidade e inflama-se com a água. Em contacto com o fogo humano, pára. O dragão, enquanto matéria prima e alquímica do universo, lava-se com o fogo e não com a água, a fim de transmutar o seu corpo em ouro. Dos seus líquidos obtém-se o precioso elixir da vida.
O Dragão, senhor do Fogo e do Tempo, vive na água e fabrica-a. Assim se explica a sequência das estações secas e húmidas. Ele é a personificação do poder de transformação. É um deus que na água se disfarça com as cinco cores do arco-íris. Faz o que quer: do tamanho de um verme ou do próprio mundo, brinca por entre as nuvens, provocando as chuvas, ou desce até aos poços e abismos mais fundos, sempre pleno de energia e de espírito.
Os descendentes do dragão
Do ponto de vista antropológico, o dragão é o totem (圖騰 túténg) do povo chinês. Os chineses são os descendentes do dragão. Os seus primeiros imperadores míticos eram dragões. Nos mitos chineses, o dragão surge associado ao primeiro imperador mítico chinês, Fuxi (伏羲) e a sua irmã ou consorte, conforme as versões. Fuxi é considerado o pai de todos os chineses, o Dragão Azul, como lhe chamam. Simboliza o maior dos homens, o patriarca da grande nação espiritual chinesa, o dominador do Cavalo-Dragão (龍馬 Lóng-Mǎ), que emergiu das águas do Rio Amarelo (黃河 Huáng Hé)1, tendo-lhe concedido a possibilidade de decifrar os oito trigramas fundamentais da cultura chinesa, que formam a base do Clássico das Mutações (易經 Yì Jīng), por entre o emaranhado da sua crina.
Fuxi e Nüwa (女媧) eram metade humanos, metade dragões, como se pode verificar pelas suas representações. Por isso, foram os criadores supremos: Fuxi da cultura chinesa e Nüwa dos seres humanos (女媧造人 Nǚwā zào rén)2.
O primeiro par mítico possuía instrumentos geométricos para civilizar o caos universal: ele um compasso, ela um esquadro e um fio de prumo.
Durante a China imperial, o emblema do rei Dragão pertencia ao imperador. Este tinha poder sobre os dragões do Céu e da Terra, pois à semelhança dos seus congéneres divinos, podia mover-se, simultaneamente, nas quatro direcções, ocupando a quinta, o centro.
O dragão celeste engendrou filhos e filhas. Elas são de uma beleza e sabedoria raras. Dançam, cantam e seduzem como nenhum outro ser. Podemos encontrá-las onde há água. Estas beldades montam cavalos-marinhos brancos. Os filhos, 9 ao todo, têm qualidades muito apreciadas. O primeiro é um grande carregador, transporta todos os pesos; o segundo é um bombeiro exímio, apaga qualquer fogo; o terceiro é musical, soa como um sino; o quarto é poderoso como um tigre; o quinto tem vocação para a alimentação e o sexto conhece a água como mais nenhum ser; o sétimo é um lutador corajoso; o oitavo é forte como um leão e o nono é um excelente observador.
Às vezes é preciso ter cuidado com os dragões, porque também podem ser maus e ferozes. Por isso é sempre bom saber que eles têm medo do ferro e da planta wang, das centopeias e das folhas da árvore lien. Além disso, não gostam dos cinco fios coloridos de seda.
Um homem superior é um dragão, como nos lembra o primeiro hexagrama do Yi Jing, daí que tenha sempre a protecção dos céus e possa voar na companhia destes seres tão especiais. As nuvens seguem o dragão, como o vento segue o tigre. O dragão e o tigre formam o par clássico da geomância chinesa. O dragão, azul ou verde, representa a direcção Leste, o nascimento e a fertilidade; o tigre simboliza o Oeste e a morte.
O dragão domina a água, seja sob que forma for. Não é por acaso que se utilizam barcos-dragão para pedir chuva ou estações molhadas. Quando se espera chuva, estes seres mágicos imitam, com as suas vozes, o som metálico dos objectos de cobre. A sua saliva produz todo o tipo de perfumes e o seu sopro vital transforma-se em nuvens ou em fogo, consoante as ocasiões.
Os dragões utilizam as nuvens para se ocultarem. Nunca ninguém conseguiu ver um dragão completo ou mesmo a sua cabeça, mas há quem tenha conseguido ver um pouco das suas garras e caudas nos rios e lagos.
O dragão possui, ainda, a mais preciosa das jóias: a pérola que garante todos os desejos. Esta pode ser encontrada num lago com nove camadas de profundidade, debaixo do queixo de um cavalo-dragão, pois, como bem lembram os japoneses, para que os humanos os possam ver, os dragões transformam-se muitas vezes em cavalos.
A pérola mágica controla as fases da lua, o curso da vida e da morte e, também, do renascimento. Dois dragões a brincar com uma pérola entre as nuvens provocam sempre chuva. Às vezes, as pérolas que cospem podem ser usadas para iluminar um ser humano ou uma casa inteira. Quem as mantenha na boca, bebe do mais fino vinho. Mas melhor, muito melhor do que o vinho, é a iluminação que as pérolas garantem aos seus possuidores. Pérolas mágicas, a transbordar de sabedoria, precisam-se.
Caligrafar o Dragão
Onde encontrar então a génese da leitura simbólica do Dragão na cultura chinesa? Por um lado, nos mitos mas, por outro, na caligrafia.
O dragão chinês não se limita a possuir o poder supremo natural e sobrenatural, ele é ainda a máxima entidade humana, o rei-sacerdote, que governa a terra, porque foi investido para tal pelo céu, como nos indica a leitura realizada pelo Dr. Ong Hean- Tatt (1996), a partir do caracter 龍 (Lóng):
No lado esquerdo do carácter observa-se a forma de um guardião humano, que encarna o poder divino e protege as coisas sagradas, ao passo que o lado direito não surgia nas escritas mais antigas como a Oracular (1400-1100 a.C.) ou a de Bronze (1100-300 a.C.), tendo sido acrescentado no período do Pequeno Selo (300 a.C.) à figura humana3. Este ostenta em ambas as mãos algo de sagrado. À direita vemos uma longa linha, simbolizando a veste santificada do sacerdote, onde figuram os três traços característicos da água, porque o dragão é a divindade das chuvas e dos rios.4
O Dragão no Clássico das Mutações
Entre os oito trigramas que são o fundamento do Clássico das Mutações, e condição de possibilidade dos 64 hexagramas, o mais importante é o do Céu ( 乾 Qián), composto pela força conjugada dos dois trigramas do Céu. Vale a pena seguir a apresentação e desenvolvimento deste hexagrama, tal como nos é oferecido por John Blofeld5. O Céu surge como o princípio criativo, cujas principais características são ser masculino e activo. Este princípio é personificado pelo dragão, o sacerdote-rei, que une o céu e terra, por via da participação em ambos os princípios.
O primeiro hexagrama simboliza as forças celestiais em acção e o labor da pessoa superior sobre si própria. Aqui refere-se, numa leitura taoista, a pessoa superior, porque para os confucionistas e para a tradição chinesa, se menciona claramente um homem superior, representado por um dragão que voa nos céus. Eis então o texto6 de Qian (乾):
O Princípio Criativo. Sucesso Sublime! A persistência na causa certa traz recompensa. 9 para o lugar do fundo: o dragão escondido evita a acção. 9 para o segundo lugar: o dragão é visto a céu aberto; é vantajoso visitar um grande homem. 9 para o terceiro lugar: o Homem Superior ocupa-se o dia inteiro e a noite encontra-o completamente alerta. A desgraça ameaça – sem erro. 9 para o quarto lugar: é preciso saltar nas profundezas, sem erro! 9 para o quinto lugar: o dragão voa nos céus; é vantajoso visitar um grande homem. 9 para o lugar de topo. Um dragão voluntarioso – que desgraça! 9 para os seis lugares – Um bando de dragões sem cabeça – felicidade.7
(乾卦《初九:元亨利貞/潛龍無用; 九二:見龍在田,利見大人; 九三:君子終日乾乾,夕惕苦厲,無咎; 九四或躍在淵,無咎;九五飛龍在天,利見大人。上九:亢龍有悔;見君龍無首,吉》)
A análise das linhas em consonância com a interpretação de Blofeld e com a tradição chinesa, mostra-nos o que se espera do dragão chinês quando este se identifica com o rei e/ou o homem superior. Ele é o governante por excelência: no céu, enquanto princípio divino; na terra por incorporação do mesmo. Há, porém, um trabalho de construção ética que deve ser realizado para que o dragão terreno, o governante sábio e santo, possa actuar. Assim, e como indica a primeira linha, o dragão está a construir o seu ser, trabalha sobre si próprio, oculto dos seus eventuais pares humanos. O diálogo é interior e as pontes para o exterior são feitas por meio da captação das suas raízes e cruzamento com as energias universais do céu e da terra. Após este trabalho a solo, na segunda linha o dragão sai para o mundo dos seus pares, procurando a orientação daqueles cuja sabedoria é capaz de o iluminar. Depois regressa a si mesmo na terceira linha, de forma a realizar os princípios e ensinamentos recebidos do que escolheu para mestre.
Na quarta linha o dragão que almeja chegar a rei-sábio deve saltar nas profundezas. Este salto é importantíssimo. Através dele, separa-se do pior de si mesmo e, por isso, também se pode afirmar que se ultrapassa, salta sobre si e, simultaneamente, salta em si, conseguindo alcançar o mais profundo da sua natureza, o que lhe permitirá a fusão com a verdadeira realidade. A partir do momento em que dá o salto, a que no Ocidente chamaríamos de fé, libertou-se. No entanto, nesta altura volta a correr grandes riscos, porque uma iluminação à solta é, na tradição filosófica chinesa, algo de muito perigoso, por isso o dragão é aconselhado na quinta linha a procurar outra vez a orientação daqueles que escolheu para seus mestres, já que a finalidade não é expressar a sua criatividade e estilo próprios, mas integrar-se numa comunidade, a que deve servir de exemplo, sem se impor.
Na linha do topo adverte-se que um dragão voluntarioso pode provocar grandes dissabores a si e aos outros. Esta leitura política do primeiro hexagrama não é abusiva, sendo confirmada pela interpretação conjunta das seis linhas, onde somos informados que a felicidade é obtida quando um conjunto de dragões voa sem cabeça, ou melhor, sem cabecilha. Do ponto de vista político, a ditadura de um iluminado (usual na China antiga) é, no maior dos Clássicos da Filosofia Chinesa, fortemente desaconselhada. Nenhum sábio deve cultivar-se apenas para si próprio, nem acreditar que é dono absoluto da verdade. O que foi e o caminho que conseguiu percorrer até à sua libertação ética, política e espiritual ganha pleno sentido quando é conciliado e harmonizado com o conjunto de dragões nos quais se deve incluir. Este bando de seres superiores, chamemos-lhes assim, não tem líder, sendo essa a condição para haver boa sorte, já que segundo o conjunto das linhas um cabecilha traz má sorte.
Pode concluir-se nesta interpretação do Princípio Criativo, título para o primeiro hexagrama, que a nação espiritual chinesa, embora dependa de um primeiro dragão mítico azul, Fuxi, se constitui e desenvolve quando um conjunto de seres, que se trabalha eticamente para fins políticos, se reúne. Após o que se erguem nos céus espirituais em conjunto, contribuindo com o que de absolutamente próprio conseguiram alcançar, a fim de atingir uma postura equilibrada e exemplar. Esta deve servir de exemplo a todos os seres que os observam da terra e lhes contemplam o voo.
O conjunto de dragões «sem cabeça» pode ser visto como a primeira exigência ético-política do Clássico das Mutações para que se dê a transformação certa aos níveis social e político. Os governantes-sábios devem, por isso, empenhar-se no desenvolvimento das suas virtudes, entre as quais constam as quatro essenciais do governante: a bondade ou Humanidade (仁 Rén), a conduta perfeita, que depende da obediência aos Ritos (禮 Lǐ ), a Justiça (義 Yì) e a Sabedoria (智 Zhì).
O Dragão Alquímico e a Geomância
Onde ir procurar a raiz da leitura alquímica do dragão chinês? Há que regressar ao Clássico das Mutações para o fazer. Simplesmente não é possível recorrer ao apoio da linha confucionista, que nos transmite sobretudo uma leitura ético-política dos hexagramas, tal como a explorada no ponto anterior, encontrada em grandes sinólogos como Richard Wilhelm.
O dragão alquímico revela-se nos comentários da linha taoista ao Clássico das Mutações, por exemplo o de Thomas Cleary.
O dragão celestial é apresentado na explicação do autor como o representante do Céu criativo, que desenvolve e dá fruição. Ele é o princípio divino que na terra age através do sábio. É divino sem deixar de ser natural, é o poder máximo de transformação e criatividade. É a primavera celestial que comanda a telúrica. A título de criador, actua, iniciando e consumando os processos, sempre em ligação com a natureza exterior, representada pelas quatro estações; mas também com a nossa natureza interior e energia que nos percorre: esta energia enraizada no primordial permanece oculta no temporal. Não pertence mais aos sábios, nem menos às pessoas comuns (…) Fundamentalmente cria, desenvolve e traz fruição e consumação espontaneamente.
A energia alquímica surge logo na primeira linha yang (阳) do hexagrama celestial: Dragão escondido: não se usar 8.
O nosso dragão interior prepara-se em estado de retiro para o casamento com o tigre, porque nós, tal como a terra, possuímos duas energias, figuradas no tigre e no dragão. O tigre é o representante da energia feminina, telúrica e escura, pesada e opaca, e o dragão, o representante da energia masculina, celestial, leve e clara.
Ora o dragão não pode prescindir do tigre. Do ponto de vista geomântico e alquímico precisa absolutamente dele para complementar as paisagens exterior e interior. Na segunda linha, quando o dragão sai de si para o exterior, digamos para um passeio na campo ou na natureza, ele vai à procura de uma pessoa grande, um(a) mestre que o possa orientar para a criação do seu embrião espiritual, por meio de um trabalho realizado em conjunto sobre a sua força celestial, a fim de libertar o halo espiritual que o conduzirá à longevidade e à imortalidade. Por isso labora empenhadamente na terceira linha para a realização da união de forças feminina e masculina ao nível telúrico, isto é, abdominal. Para que o casamento entre o tigre e o dragão seja bem-sucedido, nenhuma das forças pode prevalecer. Elas devem encontrar-se em perfeito equilíbrio, para que seja realizado novo encontro de forças no coração, situado na quarta linha, após o dragão ter saltado sobre o abismo em si mesmo9. A partir daqui o dragão está na zona do espírito. Para realizar o salto, teve de espiritualizar o tigre, que o vai auxiliar a voar em céu aberto. Ele sente-se bem, na quinta linha, livre e planando totalmente iluminado. Na tradução de Cleary (1986:42) O dragão está no céu: é benéfico ver uma grande pessoa10, que lhe facultará a continuação do trabalho sobre as energias e mais uma transmutação espiritual do yin em yang, um terceiro casamento espiritual, ao nível da mente, criador do corpo fora do corpo.
Sem orientação espiritual, o dragão corre o risco de se desequilibrar e cair na tentação mortal (porque o reconduzirá à terra), exposta na sexta linha, que é a da arrogância11.
Se vencer esta última tentação, consegue conjugar, como nos indica a leitura conjunta do hexagrama, a sua imagem espiritual com muitas outras, inserindo-se harmoniosamente num conjunto de dragões que voa sem cabeça.
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Notas
- 1 Wang Suoying, Ana Cristina Alves. 2009. Mitos e Lendas da Terra do Dragão. Lisboa: Caminho, p. 24.
- 2 Ob cit., p. 16.
- 3 Cf. Shi Zhengyu (1997). Picture Within a Picture. An Illustrated Guide to the Origins of Chinese Characters, p. 302 Note-se que de acordo com algumas leituras etimológicas baseadas nas representações mais antigas, há quem descubra no carácter apenas a representação de um grande réptil marinho, que de qualquer modo transporta em si a prosperidade, boa sorte e o poder da nação chinesa. Há ainda outras interpretações etimológicas mais fantasiosas, como a de Tan Huay Peng (1980), que não referimos pelo facto de serem variações etimológicas essencialmente humorísticas.
- 4 Dr. Ong Hean- Tatt. 1996. Legends of The Chinese Lung. The Chinese Dragon, cap.14, pp. 116-184.
- 5 As traduções do Clássico das Mutações de James Legge (1990), de Richard Wilhelm (1989) e de Thomas Cleary (1986) são igualmente aconselhadas.
- 6 Ver Ana Crisitina Alves (2004) Representações do Feminino na Cultura Chinesa. A Mulher nos discursos filosófico, religioso e sociopolítico, p. 15. Segundo a tradição chinesa referida por Wing-Tsit Chan, em A Source Book in Chinese Philosophy, os oito trigramas foram uma descoberta de Fuxi (伏羲), que terá vivido no terceiro milénio antes de Cristo. Os 64 hexagramas serão obra do rei Wen(文王, r.1171-1122 a. C) e os textos ficam a dever-se a ele ou ao Duque de Zhou (周公, 1094 a. C) e as Dez Alas (《十翼》) a Confúcio (孔子).
- 7 John Blofeld, p. 85.
- 8 張中鐸(ed)《易經提要白話解》13/14頁.
- 9 John Blofeld, Ob. Cit., p. 88.
- 10 T. Cleary (1986), p. 40.
- 11 T. Cleary, p. 41.
Bibliografia
- Alves, Ana Cristina. 2022. Cultura Chinesa, Uma Perspetiva Ocidental. Coord. Carmen Amado Mendes Coimbra: Almedina e CCCM.
- ___________. 2004 Representações do Feminino na Cultura Chinesa. A Mulher nos Discursos Filosófico, Religioso e Sociopolítico (tese policopiada).
- ___________. 2004.Uma Viagem de Muitos Quilómetros Começa por um Passo. Macau: Cod.
- Blofeld. 1965. The Book of Change. A New Translation of the Ancient Chinese I Ching (Yi King), with detailed Instruction for its Practical Use in Divination. London: Georg Allen & Unwin LTD.
- Cleary, Thomas (trad.).1986. The Taoist I Ching. Boston & London: Shambala.
- Legge, James (trad). 1990. The I Ching. The Book of China. Singapore: Graham Brash.
- 羅慷烈 (Luo Kanglie) 2005.«易經詳解與應用》香港三聯畫店.
- Shi Zhengyu.1997. Picture Within a Picture. An Illustrated Guide to the Origins of Chinese Characters. Beijng: New World Press.
- Tan Huay Peng. 1980. Fun with Chinese Characters. Singapore, Kuala Lumpur, Hong Kong: Federal Publications.
- Wang Suoying, Ana Cristina Alves. 2009. Mitos e Lendas da Terra do Dragão. Lisboa: Caminho.
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- 張中鐸(ed) 1995《易經提要白話解》台南市:大孚.
